´ALI sucumbiu às pressões de setores obtusos e fascitizantes´, diz nota

José Dirceu
Arquivo/Heuler Andrey

Pelas redes sociais, membros da Academia de Letras de Ilhéus (ALI) chegaram a informar que não havia nenhuma agenda na casa para o lançamento do livro do ex-ministro do presidente Lula, o advogado José Dirceu, no próximo dia 18. Mas os organizadores do evento asseguram que o evento estava agendado e confirmado. Mais ainda: pago. "A entidade já tinha recebido o valor do aluguel", asseguram em nota.

Sob a alegação de que o imóvel necessita de reformas, que deverão ser executadas durante o recesso da academia, o espaço foi negado ontem. Nele, José Dirceu iria lançar a primeira edição do livro que conta a sua trajetória de vida, mas sua presença resultpou numa reação de alguns dos imortais.

O evento ganhou repercussão, em especial, nas redes sociais. Cidadãos inconformados para a iniciativa e outros em defesa de Dirceu. O local do lançamento não será mais a ALI. Mas a Tenda do Teatro Popular de Ilhéus vai abrigar o evento, que está mantido.

De acordo com o Blog do Gusmão, que ouviu a direção do Sindicato Rural de Ilhéus, o evento não é bem recebido pelas entidades representativas do cacau que, questionam, inclusive, a presença constante de José Dirceu na cidade.

Hoje, uma nota pública assinada por partidos políticos, sindicatos de trabalhadores, associações e demais entidades que integram a Frente Democrática Popular-Povo Sem Medo, assegura a noite de autógrafo, dia 18, a partir das 19 hotras na Tenda do TPI, avenida Soares Lopes.

"O Brasil sofre um avanço das forças políticas de direita que querem retirar direitos sociais, trabalhistas e políticos dos trabalhadores; ao passo que pretendem vender e internacionalizar as riquezas nacionais.  Somos a maioria em Ilhéus, refletida em quase 61% dos votos no município. E saberemos construir a nossa unidade e manifestar a nossa força social e política", assegura a nota.

Os responsáveis também criticam a Academia de Letras de Ilhéus, sob a juastificativa de que ela deveria ter como objetivo a promoção da cultura e o debate de ideias e lamenta que a interdição do espaço tenha "sucumbindo às pressões de setores tão obtusos e fascitizantes" da sociedade local.

"Esperamos que a Academia de Letras de Ilhéus que já teve entre os seus membros, nomes históricos e de grande importância para a sociedade ilheense e brasleira, todos democratas e socialistas, volte aos seus melhores dias", finaliza o protesto.